Minha Revolta

Engatilha e atira Pensa ligeiro Na selva de concreto Sobrevive quem dispara Primeiro, defesa Legitima Melhor ser um réu Do que ser a vitima Engatilha e atira Pensa ligeiro Na selva de concreto Sobrevive quem dispara Primeiro, defesa Legitima Melhor ser um réu Do que ser a vitima Essa é minha revolta Mãos para o alto Cheguei roubando a cena Mas não foi de assalto Não carrego ferro Só o meu talento Engatilho minha mente Descarrego conhecimento Mostro minha revolta É dedo na ferida Mesmo que eu diga São palavras repetidas Assim sigo a vida É minha lição Missão não foi cumprida Busco a perfeição Esquivo da ilusão Sofro com a verdade Quero a união Mas temo a falsidade É a humanidade Aqui não tem carinho Mesmo rodeado Eu me sinto tão sozinho Mas ainda há Luz no fim desse caminho Mesmo havendo guerra Entre os vizinhos A mesma substância Que pode te salvar É a mesma substância Que pode te matar Tudo só depende Da dose que tomar Beba do meu rap Só não vá se afogar Sobe na fragata Meu mano marinheiro Lutamos por amor Mas também quero dinheiro Aqui não tem mentira Também não tem otário Não queremos tudo Nem só o necessário Por nenhum dinheiro Eu me torno mercenário Sonho com os peixe E meu bolso é aquário Herói ganha salário Alimenta uma família Pra você guerreiro Eu dedico essa trila Saiba que a cura Esta menos de uma milha Mas tenho que lembrar Pobre unido é quadrilha Apaga luz que brilha Sem oportunidade Morre pai de família No meio da comunidade Só mais um silva Não será lembrado No jornal falou Foi fogo trocado Cenário adulterado Pobre assassinado Pra não ser o próximo Todo mundo calado Não fique assustado Meu rap é profundo Não fico calado Porque eu não sou todo mundo Engatilha e atira Pensa ligeiro Na selva de concreto Sobrevive quem dispara Primeiro, defesa Legitima Melhor ser um réu Do que ser a vitima Engatilha e atira Pensa ligeiro Na selva de concreto Sobrevive quem dispara Primeiro, defesa Legitima Melhor ser um réu Do que ser a vitima Menor favelado Sobrevive no Brasil De mochila para o lado E na mão um fuzil A colônia vai De mal a pior Fiz outras escolhas Mas cresci com esses menor Vivendo e perdendo Vários amigos Não entrar pro crime Não me livrou dos perigos Quantos Já foram Levados pro hospital Morrer no corredor Isso é normal Só na bandeira Tem ordem e progresso Cada dia que passa Os governantes mais perversos Eu só quero um Cafezinho e um lenço Sentar na mesa e Escrever um bom verso O que vamos fazer Pra isso mudar Ao menos no momento Eu posso me expressar São Varias tretas Também varias letras Verdades compostas Na ponta da caneta Uma mente que dispara Rajada de informação Agora nem quero lembrar Da corrupção A mudança sempre Pode acontecer A força de vontade Ta dentro de você Então vai corre atrás Mostra que é capaz Ser diferente Com todos os ideais Eu vou que vou E o ensino vem da rua Aprendendo e rimando Porque a vida continua Engatilha e atira Pensa ligeiro Na selva de concreto Sobrevive quem dispara Primeiro, defesa Legitima Melhor ser um réu Do que ser a vitima