Marmelada Nessa Parva (feat. Don Simon)

Very Supris

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Very Supris


1:22
#2

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Ai vocês queriam letra
Era para quê? Meter no insta, não
Pois estão com azar
Isto nem sequer tem letra
Mas como posso, quero e mando
Agora vou meter aqui Lusíadas
Só para vocês perceberem a obra
Vou meter o primeiro canto tão rápido
Que vocês vão achar que é fast flow
As armas e os Barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando
E aqueles que por obras valorosos
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram
Que eu canto o peito ilustre Lusitano
A quem Netuno e Marte obedeceram
Cesse tudo o que a Musa antiga canta
Que outro valor mais alto se levanta
E vós, Tágides minhas, pois criado
Tendes em mi um novo engenho ardente
Se sempre em verso humilde celebrado
Foi de mi vosso rio alegremente
Dai-me agora um som alto e sublimado
Um estilo grandíloco e corrente
Por que de vossas águas Febo ordene
Que não tenham inveja às de Hipocrene
Dai-me uma fúria grande e sonorosa
E não de agreste avena ou flauta ruda
Mas de tuba canora e belicosa
Que o peito acende e a cor ao gesto muda
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda
Que se espalhe e se cante no universo
Se tão sublime preço cabe em verso
E, vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitana antiga liberdade
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena Cristandade
Vós, ó novo temor da Maura lança
Maravilha fatal da nossa idade
Dada ao mundo por Deus, que todo o mande
Pera do mundo a Deus dar parte grande
Vós, tenro e novo ramo florescente
De uma árvore, de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente
Cesárea ou Cristianíssima chamada
Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada
Na qual vos deu por armas e deixou
As que Ele pera si na Cruz tomou
Vós, poderoso Rei, cujo alto Império
O Sol, logo em nascendo, vê primeiro
Vê-o também no meio do Hemisfério
E quando desce o deixa derradeiro
Vós, que esperamos jugo e vitupério
Do torpe Ismaelita cavaleiro
Do Turco Oriental e do Gentio
Que inda bebe o licor do santo Rio
Inclinei por um pouco a majestade
Que nesse tenro gesto vos contemplo
Que já se mostra qual na inteira idade
Quando subindo ireis ao eterno templo
Os olhos da real benignidade
Ponde no chão: vereis um novo exemplo
De amor dos pátrios feitos valorosos
Em versos divulgado numerosos
Vereis amor da pátria, não movido
De prêmio vil, mas alto e quase eterno
Que não é prêmio vil ser conhecido
Por um pregão do ninho meu paterno
Ouvi: vereis o nome engrandecido
Daqueles de quem sois senhor superno
E julgareis qual é mais excelente
Se ser do mundo Rei, se de tal gente
Ouvi, que não vereis com vãs façanhas
Fantásticas, fingidas, mentirosas
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas
As verdadeiras vossas são tamanhas
Que excedem as sonhadas, fabulosas
Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro
E Orlando, inda que fora verdadeiro
Por estes vos darei um Nuno fero
Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço
Um Egas e um Dom Fuas, que de Homero
A cítara par'eles só cobiço
Pois polos Doze Pares dar-vos quero
Os Doze de Inglaterra e o seu Magriço
Dou-vos também aquele ilustre Gama
Que para si de Enéias toma a fama
Pois se a troco de (Carlos, Rei de França
Ou de César, quereis igual memória
Vede o primeiro Afonso, cuja lança
Escura faz qualquer estranha glória
E aquele que a seu Reino a segurança
Deixou, com a grande e próspera vitória
Outro Joane, invicto cavaleiro
O quarto e quinto Afonsos e o terceiro
Nem deixarão meus versos esquecidos
Aqueles que nos Reinos lá da Aurora
Se fizeram por armas tão subidos
Vossa bandeira sempre vencedora
Um Pacheco fortíssimo e os temidos
Almeidas, por quem sempre o Tejo chora
Albuquerque terrível, Castro forte
E outros em quem poder não teve a morte
E, enquanto eu estes canto — e a vós não posso
Sublime Rei, que não me atrevo a tanto
Tomai as rédeas vós do Reino vosso
Dareis matéria a nunca ouvido canto
Comecem a sentir o peso grosso
Que pela mundo todo faça espanto
De exércitos e feitos singulares
De África as terras e do Oriente os mares
Em vós os olhos tem o Mouro frio
Em quem vê seu exício afigurado
Só com vos ver, o bárbaro Gentio
Mostra o pescoço ao jugo já inclinado
Tétis todo o cerúleo senhorio
Tem pera vós por dote aparelhado
Que, afeiçoada ao gesto belo e tento
Deseja de comprar-vos pera genro
Em vós se vêm, da Olímpica morada
Dos dous avós as almas cá famosas
Uma, na paz angélica dourada
Outra, pelas batalhas sanguinosas
Em vós esperam ver-se renovada
Sua memória e obras valorosos
E lá vos têm lugar, no fim da idade
No templo da suprema Eternidade
Mas, enquanto este tempo passa lento
De regerdes os povos, que o desejam
Dai vós favor ao novo atrevimento
Pera que estes meus versos vossos sejam
E vereis ir cortando o salso argento
Os vossos Argonautas, por que vejam
Que são vistos de vós no mar irado
E costumai-vos já a ser invocado
Já no largo Oceano navegavam
As inquietas ondas apartando
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas
Que do gado de Próteu são cortadas
Quando os Deuses no Olimpo luminoso
Onde o governo está da humana gente
Se ajuntam em concílio glorioso
Sobre as cousas futuras do Oriente
Pisando o cristalino Céu formoso
Vêm pela Via Láctea juntamente
Convocados, da parte de Tonante
Pelo neto gentil do velho Atlante
Deixam dos sete Céus o regimento
Que do poder mais alto lhe foi dado
Alto poder, que só Compensamento
Governa o Céu, a Terra e o Mar irado
Ali se acharam juntos num momento
Os que habitam o Arcturo congelado
E os que o Austro têm e as partes onde
A Aurora nasce e o claro Sol se esconde
Estava o Padre ali, sublime e dino
Que vibra os feros raios de Vulcano
Num assento de estrelas cristalino

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Written by: André Vara, Miguel Simões

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    "Marmelada Nessa Parva (feat. Don Simon) Lyrics." Lyrics.com. STANDS4 LLC, 2024. Web. 25 Apr. 2024. <https://www.lyrics.com/lyric-lf/5557515/Very+Supris/Marmelada+Nessa+Parva+%28feat.+Don+Simon%29>.

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