Marmelada Nessa Parva (feat. Don Simon)
Very Supris
Watch: New Singing Lesson Videos Can Make Anyone A Great Singer
Ai vocês queriam letra Era para quê? Meter no insta, não Pois estão com azar Isto nem sequer tem letra Mas como posso, quero e mando Agora vou meter aqui Lusíadas Só para vocês perceberem a obra Vou meter o primeiro canto tão rápido Que vocês vão achar que é fast flow As armas e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana Em perigos e guerras esforçados Mais do que prometia a força humana E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram E também as memórias gloriosas Daqueles Reis que foram dilatando A Fé, o Império, e as terras viciosas De África e de Ásia andaram devastando E aqueles que por obras valorosos Se vão da lei da Morte libertando Cantando espalharei por toda parte Se a tanto me ajudar o engenho e arte Cessem do sábio Grego e do Troiano As navegações grandes que fizeram Cale-se de Alexandro e de Trajano A fama das vitórias que tiveram Que eu canto o peito ilustre Lusitano A quem Netuno e Marte obedeceram Cesse tudo o que a Musa antiga canta Que outro valor mais alto se levanta E vós, Tágides minhas, pois criado Tendes em mi um novo engenho ardente Se sempre em verso humilde celebrado Foi de mi vosso rio alegremente Dai-me agora um som alto e sublimado Um estilo grandíloco e corrente Por que de vossas águas Febo ordene Que não tenham inveja às de Hipocrene Dai-me uma fúria grande e sonorosa E não de agreste avena ou flauta ruda Mas de tuba canora e belicosa Que o peito acende e a cor ao gesto muda Dai-me igual canto aos feitos da famosa Gente vossa, que a Marte tanto ajuda Que se espalhe e se cante no universo Se tão sublime preço cabe em verso E, vós, ó bem nascida segurança Da Lusitana antiga liberdade E não menos certíssima esperança De aumento da pequena Cristandade Vós, ó novo temor da Maura lança Maravilha fatal da nossa idade Dada ao mundo por Deus, que todo o mande Pera do mundo a Deus dar parte grande Vós, tenro e novo ramo florescente De uma árvore, de Cristo mais amada Que nenhuma nascida no Ocidente Cesárea ou Cristianíssima chamada Vede-o no vosso escudo, que presente Vos amostra a vitória já passada Na qual vos deu por armas e deixou As que Ele pera si na Cruz tomou Vós, poderoso Rei, cujo alto Império O Sol, logo em nascendo, vê primeiro Vê-o também no meio do Hemisfério E quando desce o deixa derradeiro Vós, que esperamos jugo e vitupério Do torpe Ismaelita cavaleiro Do Turco Oriental e do Gentio Que inda bebe o licor do santo Rio Inclinei por um pouco a majestade Que nesse tenro gesto vos contemplo Que já se mostra qual na inteira idade Quando subindo ireis ao eterno templo Os olhos da real benignidade Ponde no chão: vereis um novo exemplo De amor dos pátrios feitos valorosos Em versos divulgado numerosos Vereis amor da pátria, não movido De prêmio vil, mas alto e quase eterno Que não é prêmio vil ser conhecido Por um pregão do ninho meu paterno Ouvi: vereis o nome engrandecido Daqueles de quem sois senhor superno E julgareis qual é mais excelente Se ser do mundo Rei, se de tal gente Ouvi, que não vereis com vãs façanhas Fantásticas, fingidas, mentirosas Louvar os vossos, como nas estranhas Musas, de engrandecer-se desejosas As verdadeiras vossas são tamanhas Que excedem as sonhadas, fabulosas Que excedem Rodamonte e o vão Rugeiro E Orlando, inda que fora verdadeiro Por estes vos darei um Nuno fero Que fez ao Rei e ao Reino tal serviço Um Egas e um Dom Fuas, que de Homero A cítara par'eles só cobiço Pois polos Doze Pares dar-vos quero Os Doze de Inglaterra e o seu Magriço Dou-vos também aquele ilustre Gama Que para si de Enéias toma a fama Pois se a troco de (Carlos, Rei de França Ou de César, quereis igual memória Vede o primeiro Afonso, cuja lança Escura faz qualquer estranha glória E aquele que a seu Reino a segurança Deixou, com a grande e próspera vitória Outro Joane, invicto cavaleiro O quarto e quinto Afonsos e o terceiro Nem deixarão meus versos esquecidos Aqueles que nos Reinos lá da Aurora Se fizeram por armas tão subidos Vossa bandeira sempre vencedora Um Pacheco fortíssimo e os temidos Almeidas, por quem sempre o Tejo chora Albuquerque terrível, Castro forte E outros em quem poder não teve a morte E, enquanto eu estes canto — e a vós não posso Sublime Rei, que não me atrevo a tanto Tomai as rédeas vós do Reino vosso Dareis matéria a nunca ouvido canto Comecem a sentir o peso grosso Que pela mundo todo faça espanto De exércitos e feitos singulares De África as terras e do Oriente os mares Em vós os olhos tem o Mouro frio Em quem vê seu exício afigurado Só com vos ver, o bárbaro Gentio Mostra o pescoço ao jugo já inclinado Tétis todo o cerúleo senhorio Tem pera vós por dote aparelhado Que, afeiçoada ao gesto belo e tento Deseja de comprar-vos pera genro Em vós se vêm, da Olímpica morada Dos dous avós as almas cá famosas Uma, na paz angélica dourada Outra, pelas batalhas sanguinosas Em vós esperam ver-se renovada Sua memória e obras valorosos E lá vos têm lugar, no fim da idade No templo da suprema Eternidade Mas, enquanto este tempo passa lento De regerdes os povos, que o desejam Dai vós favor ao novo atrevimento Pera que estes meus versos vossos sejam E vereis ir cortando o salso argento Os vossos Argonautas, por que vejam Que são vistos de vós no mar irado E costumai-vos já a ser invocado Já no largo Oceano navegavam As inquietas ondas apartando Os ventos brandamente respiravam, Das naus as velas côncavas inchando Da branca escuma os mares se mostravam Cobertos, onde as proas vão cortando As marítimas águas consagradas Que do gado de Próteu são cortadas Quando os Deuses no Olimpo luminoso Onde o governo está da humana gente Se ajuntam em concílio glorioso Sobre as cousas futuras do Oriente Pisando o cristalino Céu formoso Vêm pela Via Láctea juntamente Convocados, da parte de Tonante Pelo neto gentil do velho Atlante Deixam dos sete Céus o regimento Que do poder mais alto lhe foi dado Alto poder, que só Compensamento Governa o Céu, a Terra e o Mar irado Ali se acharam juntos num momento Os que habitam o Arcturo congelado E os que o Austro têm e as partes onde A Aurora nasce e o claro Sol se esconde Estava o Padre ali, sublime e dino Que vibra os feros raios de Vulcano Num assento de estrelas cristalino
Become A Better Singer In Only 30 Days, With Easy Video Lessons!
Citation
Use the citation below to add these lyrics to your bibliography:
Style:MLAChicagoAPA
"Marmelada Nessa Parva (feat. Don Simon) Lyrics." Lyrics.com. STANDS4 LLC, 2024. Web. 25 Apr. 2024. <https://www.lyrics.com/lyric-lf/5557515/Very+Supris/Marmelada+Nessa+Parva+%28feat.+Don+Simon%29>.
Discuss the Marmelada Nessa Parva (feat. Don Simon) Lyrics with the community:
Report Comment
We're doing our best to make sure our content is useful, accurate and safe.
If by any chance you spot an inappropriate comment while navigating through our website please use this form to let us know, and we'll take care of it shortly.
Attachment
You need to be logged in to favorite.
Log In